O
pensamento coletivo pode mudar a realidade das escolas públicas
17/10/2014
Com o objetivo de conscientizar
os professores do poder que eles têm para fazer a diferença nas escolas, a
consultora pedagógica Maria Denise Crespo Nunes ministrou, no dia 14 de
outubro, a palestra “Escola Cooperativa – uma construção coletiva” para os
educadores da Escola de Educação Básica Santos Dumont, em Blumenau, instituição
parceria da Cooper (Cooperativa de Produção e Abastecimento do Vale do Itajaí)
no programa Cooperjovem.
O evento organizado pela
Cooperativa envolveu professores do ensino fundamental e do ensino médio,
para marcar o Dia do Professor. “Esta foi a forma que encontramos para marcar a
data, valorizando a profissão, demonstrando para os próprios educadores que,
por mais complexa e desafiadora que seja a sua profissão, são eles que orientam
as crianças e adolescentes para o caminho do conhecimento”, comenta a
assistente de marketing da Cooper, Thaís Cristina Grahl Weege.
O Cooperjovem trabalha com a
disseminação da cultura da cooperação, baseada nos princípios e valores do
cooperativismo, por meio de atividades educativas em escolas públicas e
cooperativas educacionais de todo o Brasil. O programa, do Sescoop (Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), reforça o quinto e o sétimo
princípios do cooperativismo, almejando que a cooperação, base do sistema
cooperativista, seja experimentada durante os processos de ensino-aprendizagem.
O tema da palestra foi escolhido
de acordo com as demandas levantadas pelos educadores por meio de uma pesquisa
na escola com os professores, os alunos e os pais. De acordo com a diretora da
escola, Mara Rúbia Larroyed, a pesquisa detectou que falta maior interatividade
dos pais com a escola e as atividades dos alunos. E, por isso, é necessário que
a escola fomente ações com o objetivo de envolvê-los nas atividades dos filhos.
Maria Denise afirma que a
principal mudança de paradigma que se deve ter hoje é a forma de encarar a
escola. “Os alunos e os pais não devem vê-la apenas como um local de
aprendizagem regular, mas como uma forma de se comunicar com o outro”, diz.
De acordo com a palestrante, é
necessário fazer uma grande reflexão coletiva sobre a importância dos
professores, da escola, suas responsabilidades e os desafios.
Há três anos a Escola Santos
Dumont faz parte do programa Cooperjovem e a coordenadora do projeto no educandário,
Laudicéia Lene de Freitas Barbosa, conta que já houve muitos avanços. “Uma das
principais mudanças que percebemos é que aprendemos a pensar coletivamente e
aos poucos os pais estão visitando mais a escola”, conta.
Em Santa Catarina o programa tem
parceria com 23 cooperativas em 76 escolas da rede de ensino público,
beneficiando mais de 500 professores e 18 mil alunos da educação infantil e do
ensino fundamental em 43 municípios. Na Escola Santos Dumont são cerca de 1.700
alunos.